quinta-feira, 8 de maio de 2014

Daniel Faria (9)


A casa vem das mãos para ficar desabrigada
Arbusto por abrir
Sono do bicho no degrau de entrada.
A casa vem demolir o homem
Envelhecer o pão.
Casa mártir, planície muito viajada
Cega a tactear as fendas das paredes.
Morada de si mesma. Árvore
Povoada

(explicação das casas in POESIA, Assírio & Alvim, Porto, 2012) 

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