quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Emily Dickinson (12)


Delight – becomes pictorial –
When viewed through Pain –
More fair – because impossible
That any gain –

The Mountain – at a given distance –
In Amber – lies –
Approached – the Amber flits – a little –
And That's – the Skies –

*

Prazer – vira pintura –
Se visto pela Dor –
Melhor – porque impossível
Ao fruidor –

A Montanha – à distância –
É Âmbar – um véu –
Perto – dispersa-se – a ânsia –
E isto é – o Céu –   

(in Não sou ninguém - poemas, trad. Augusto de Campos, Ed. Unicamp, 2009)

Emily Dickinson (11)


Success is counted sweetest
By those who ne'er succeed.
To comprehend a nectar
Requires sorest need.

Not one of all the purple Host
Who took the Flag today
Can tell the definition
So clear of Victory

As he defeated – dying –
On whose forbidden ear
The distant strains of triumph
Burst agonized and clear!

*

O Sucesso é mais doce
A quem nunca sucede.
A compreensão do néctar
Requer severa sede.

Ninguém da Hoste ignara
Que hoje desfila em Glória
Pode entender a clara
Derrota da Vitória

Como esse – moribundo –
Em cujo ouvido o escasso
Eco oco do triumfo
Passa como um fracasso!    

(in Não sou ninguém - poemas, trad. Augusto de Campos, Ed. Unicamp, 2009)

Emily Dickinson (10)


If recollecting were fogetting,
Then I remember not.
And if forgetting, recollecting,
How near I had forgot.
And if to miss, were merry,
And to mourn, were gay,
How very blithe the fingers
That gathered this, Today!

*

Se recordar fosse esquecer,
Eu não me lembraria.
Se esquecer, recordar,
Eu logo esqueceria.
Se quem perde é feliz
E contente é quem chora,
Que alegres são os dedos
Que colhem isto, Agora!

(in Não sou ninguém - poemas, trad. Augusto de Campos, Ed. Unicamp, 2009)

Emily Dickinson (9)


We lose – because we win –
Gamblers – recollecting which
Toss their dice again!

*

Um perde – o outro ganha –
Jogadores jogados –
Lançam de novo os dados!

(in Não sou ninguém - poemas, trad. Augusto de Campos, Ed. Unicamp, 2009)

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

João Guimarães Rosa


O correr da vida embrulha tudo. 

A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. 

O que ela quer da gente é coragem.


(Grande Sertão: Veredas)

Iva Bittová

Show de Iva Bittová em Brasília:

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O silêncio do deserto do Atacama


MOSTRA DE FOTOGRAFIA EM BRASÍLIA

O silêncio do deserto do Atacama

Mostra reúne 16 trabalhos do artista plástico e fotográfo Nazareno Stanislau, com curadoria de Bisser Nai.

Durante viagem à cidade de San Pedro de Atacama, teve a ideia de registrar todos os momentos do cenário para suscitar uma reflexão sobre a ausência do ser humano no mundo. 


De 27/9/13 a 26/10/13, no Instituto Cervantes
Quadra 707/907 Sul, entrada franca. 
De segunda a sexta-feira: das 11h às 21h.
Aos sábados: das 9h às 14h.