sábado, 14 de janeiro de 2012

Maurício Segall (2)

ÓXIDO

Tenho ciúme do teu universo
que não é minha residência

tenho inveja do espelho
que te desperta todo dia

tenho ciúme
como ignorar esta ferrugem?

(in Dos bastidores à ribalta, Iluminuras, São Paulo, 2002)

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