segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Marina Tsvetáieva (3)

A roupa branca eu lavo no rio,
Duas florzinhas eu crio.

Toca o sino – eu me persigno,
No tempo da fome – me afino.

A alma e o cabelo – como seda.
Mais cara que a vida – a boa vereda.

Cumpro fiel a minha obrigação.
– Mas amo você – lobo e ladrão!

(entre 26 de maio e 4 de junho de 1918)


(in Indícios flutuantes, trad. Aurora F. Bernardini, Martins Fontes, 2006)

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