segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O prazer da poesia (lançamento de livro)



O prazer da poesia


Para celebrar uma década de literatura, poesia e arte, a Editora Medusa faz lançamento dos livros Cobra, Noturno e cinza e O homem itinerante e a revista de literatura e arte Bólide


No dia 12 de dezembro, a partir das 19h, acontecerá um lançamento expressivo na Livraria Arte & Letra (Al. Presidente Taunay, 130) da quinta edição da revista de literatura e arte Bólide e dos livros de poesia Noturno e cinza, de Vanessa C. Rodrigues, O homem itinerante, de João Monteiro e Cobra, uma coletânea com poemas e textos de Augusto de Campos, Wilson Bueno, Ademir Assunção, Ricardo Corona, Fernando Karl, MD Magno, Fábio Brüggemann, Antonio Cicero, Neuza Pinheiro, Silvio Ricardo Demétrio, Nelson de Oliveira, Wagner Mangueira, Glauco Mattoso, Carlos Careqa, Dennis Radünz, Celso Borges, Carlos Augusto Lima e Cristiano Moreira. As publicações são da Editora Medusa e trata-se também de um lançamento-celebração para comemorar os 10 anos da editora curitibana, que tem se dedicado especialmente à poesia, à literatura e à arte.

Cobra, vários autores

Trata-se de uma seleção de poemas e textos que foram publicados em seções especiais das revistas Medusa (1998-2000) e Oroboro (2004-2006), criadas e editadas por Ricardo Corona e Eliana Borges. É, por isso, uma alegria imensa ter nessa coleção um poema como ‘Serpoema’ (de 1957), de Augusto de Campos, que, provavelmente, o fez no fluxo do pensar/traduzir outro poema importante para este projeto de edição, que é ‘Esboço de uma serpente’, de Valéry. Assim como é um acontecimento as contribuições admiráveis dos outros poemas e textos, os quais, diga-se, não se prestam aqui ao regime de antologia, mas de uma arqueologia sibilante que serpenteia, de uma coleção venenífera que cobreja neste lugar valéryano”, comenta o organizador Ricardo Corona.

Noturno e cinza, de Vanessa C. Rodrigues

Livro de poemas de estreia de Vanessa, que é formada em Letras pela UFPR e foi, segundo a autora, “com certeza que meu interesse da literatura amadureceu. Foi nessa época de formação que comecei também a me dedicar mais seriamente em escrever, ainda que em segredo”. Publicou, mais tarde, alguns contos em revistas independentes e também na Arte e Letra: Estórias (volume T), ensaios no Jornal Rascunho, na Revista Mapa, e foi uma das participantes escolhidas para a publicação Três ensaios, fruto da oficina de ensaísmo promovido na Flip 2013 pelo Instituto Moreira Salles. Na maior parte da vida morou em Curitiba até que chegou a oportunidade de mudar-se para São Paulo. E foi, segundo testemunho da autora, “por causa desse impacto que comecei a fazer esses poemas que estão em Noturno e cinza. Era um jeito meu de conquistar a cidade e de entendê-la, ainda que com violência. Um dos primeiros dessa série foi publicado na antologia Fantasma civil, da Medusa e parte da programação literária da XX Bienal de Curitiba. Esses poemas foram escritos em dois anos até que comecei a perceber que entre mim e São Paulo já não tinha mais nenhuma luta, já estamos em paz. Por tudo isso, resolvi considerar esses quantos poemas uma obra inteira e fico muito feliz em publicá-los na minha cidade querida, nessa editora que sempre admirei.” 

Bólide 5 # [arquivo], editores: Eliana Borges, Joana Corona e Ricardo Corona

revista bólide chega ao quinto número. A proposta desta quinta edição está relacionada com o arquivo, este que está sendo pensado na contemporaneidade por muitos estudiosos e artistas de diversas áreas. Participam da edição: Gabriele Gomes, Joana Corona, Eduardo Jorge, Elenize Dezgeniski e Faetusa Tezelli, Jacques Edward [tradução de Manoel Ricardo de Lima], Amir Cador, Vera Casa Nova, Eugenio Montale [tradução de Davi Pessoa], Federerico de la Vega [escreve sobre Rodrigo Lara / tradução de Nylcéa Pedra], Raúl Antelo, Bill Lühmann, Raquel Stolf, Arthur do Carmo, Reuben da Cunha Rocha, Waly Salomão, Ana Cecília Soares, Júnior Pimenta, Eliana Borges. A edição traz ainda a publicação/encarte “oceano mínimo”, que é o resultado da oficina de contrapartida social “Faça você mesmo”, mediada pelos editores em 2013, no espaço de leitura Jardim Eucaliptos em Curitiba. Os autores participantes são: Camila Almeida, Jennifer Roberta, José Guilherme Pamplona, Karini Pires, Larissa Thalia, Leandro Lunardi e Thay Libânio.

O homem itinerante, de João Monteiro.

Neste segundo livro, o autor de Gavetário (2012) combina poemas feitos de versos contidos que tratam de inquietude e efemeridade; espelham-se nas itinerâncias de referências conhecidas (Orides Fontela, Emil Cioran, Samuel Beckett) e desconhecidas (Paúl, Estamira, que faleceu recentemente, e Marina). A vida – gradual minguância – é proposta nestes poemas como uma grande itinerância, mas paradoxalmente desprovida de noções temporais. Poemas escritos em idiomas estrangeiros, como o espanhol e o francês, contribuem para acentuar as notas “itinerantes” da obra. O autor é também tradutor de poesia (nos idiomas romeno, italiano, francês e espanhol) e, dentre seus trabalhos, destacam-se as traduções do poeta romeno Nichita Stănescu, divulgadas em 2013 pelo Instituto Cultural Romeno de Lisboa.


Serviço:
O que é: Lançamento de livros e revista
Onde: Livraria Arte & Letra
Endereço: Alameda Presidente Taunay, 130 – fundos da Casa de Pedra – Batel – Curitiba – PR
Telefone: (41) 3039-6895 - www.arteeletra.com.br
Imprensa: 41 8402 9633 / facebook.com/EditoraMedusa

Um comentário:

  1. Práxis, Gato mia e Epitáfio são os meus poemas favoritos (atualmente) d 'O homem itinerante'. O jogo de linguagem, presente neles, potencializa ainda mais a sensibilidade do poeta acerca do real...

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