O prazer da
poesia
Para celebrar uma década de literatura, poesia e arte, a Editora
Medusa faz lançamento dos livros Cobra, Noturno e cinza e O homem itinerante e
a revista de literatura e arte Bólide
No dia 12 de dezembro, a partir das 19h, acontecerá um lançamento
expressivo na Livraria Arte & Letra (Al. Presidente Taunay, 130) da quinta
edição da revista de literatura e arte Bólide e dos livros de poesia Noturno
e cinza, de Vanessa C. Rodrigues, O homem itinerante, de João Monteiro
e Cobra,
uma coletânea com poemas e textos de Augusto de Campos, Wilson Bueno, Ademir
Assunção, Ricardo Corona, Fernando Karl, MD Magno, Fábio Brüggemann, Antonio Cicero,
Neuza Pinheiro, Silvio Ricardo Demétrio, Nelson de Oliveira, Wagner Mangueira,
Glauco Mattoso, Carlos Careqa, Dennis Radünz, Celso Borges, Carlos Augusto Lima
e Cristiano Moreira. As publicações são da Editora Medusa e trata-se também de um
lançamento-celebração para comemorar os 10 anos da editora curitibana, que tem se
dedicado especialmente à poesia, à literatura e à arte.
Cobra, vários autores
Trata-se de uma seleção de poemas e textos que foram publicados
em seções especiais das revistas Medusa (1998-2000) e Oroboro
(2004-2006), criadas e editadas por Ricardo Corona e Eliana Borges. “É, por
isso, uma alegria imensa ter nessa coleção um poema como ‘Serpoema’ (de 1957),
de Augusto de Campos, que, provavelmente, o fez no fluxo do pensar/traduzir
outro poema importante para este projeto de edição, que é ‘Esboço de uma
serpente’, de Valéry. Assim como é um acontecimento as contribuições admiráveis
dos outros poemas e textos, os quais, diga-se, não se prestam aqui ao regime de
antologia, mas de uma arqueologia sibilante que serpenteia, de uma coleção
venenífera que
cobreja neste lugar valéryano”, comenta
o organizador Ricardo Corona.
Noturno e cinza, de Vanessa C. Rodrigues
Livro de poemas de estreia de Vanessa, que é
formada em Letras pela UFPR e foi, segundo a autora, “com certeza que meu
interesse da literatura amadureceu. Foi nessa época de formação que comecei
também a me dedicar mais seriamente em escrever, ainda que em segredo”.
Publicou, mais tarde, alguns contos em revistas independentes e também na Arte
e Letra: Estórias (volume T), ensaios no Jornal Rascunho, na Revista
Mapa, e foi uma das participantes escolhidas para a publicação Três
ensaios, fruto da oficina de ensaísmo promovido na Flip 2013 pelo
Instituto Moreira Salles. Na maior parte da vida morou em Curitiba até que
chegou a oportunidade de mudar-se para São Paulo. E foi, segundo testemunho da
autora, “por causa desse impacto que comecei a fazer esses poemas que estão em Noturno e cinza. Era um jeito meu de
conquistar a cidade e de entendê-la, ainda que com violência. Um dos primeiros
dessa série foi publicado na antologia Fantasma civil, da
Medusa e parte da programação literária da XX Bienal de Curitiba. Esses poemas
foram escritos em dois anos até que comecei a perceber que entre mim e São
Paulo já não tinha mais nenhuma luta, já estamos em paz. Por tudo isso, resolvi
considerar esses quantos poemas uma obra inteira e fico muito feliz em
publicá-los na minha cidade querida, nessa editora que sempre admirei.”
Bólide 5 # [arquivo],
editores: Eliana Borges, Joana Corona e Ricardo Corona
A revista bólide chega ao quinto
número. A proposta desta quinta edição está relacionada com o arquivo,
este que está sendo pensado na contemporaneidade por muitos estudiosos e
artistas de diversas áreas. Participam da edição: Gabriele Gomes, Joana Corona,
Eduardo Jorge, Elenize Dezgeniski e Faetusa Tezelli, Jacques Edward [tradução
de Manoel Ricardo de Lima], Amir Cador, Vera Casa Nova, Eugenio Montale
[tradução de Davi Pessoa], Federerico de la Vega [escreve sobre Rodrigo Lara /
tradução de Nylcéa Pedra], Raúl Antelo, Bill Lühmann, Raquel Stolf, Arthur do
Carmo, Reuben da Cunha Rocha, Waly Salomão, Ana Cecília Soares, Júnior Pimenta,
Eliana Borges. A edição traz ainda a publicação/encarte “oceano mínimo”, que é
o resultado da oficina de contrapartida social “Faça você mesmo”, mediada pelos
editores em 2013, no espaço de leitura Jardim Eucaliptos em Curitiba. Os
autores participantes são: Camila Almeida, Jennifer Roberta, José Guilherme
Pamplona, Karini Pires, Larissa Thalia, Leandro Lunardi e Thay Libânio.
O homem itinerante, de João Monteiro.
Neste segundo livro, o autor de Gavetário (2012) combina poemas feitos de versos contidos que tratam de inquietude e efemeridade; espelham-se nas itinerâncias
de referências conhecidas (Orides Fontela, Emil Cioran, Samuel Beckett) e
desconhecidas (Paúl, Estamira, que faleceu recentemente, e Marina). A vida –
gradual minguância – é proposta
nestes poemas como uma grande itinerância,
mas paradoxalmente desprovida de noções temporais. Poemas escritos em idiomas
estrangeiros, como o espanhol e o francês, contribuem para acentuar as notas
“itinerantes” da obra. O autor é também tradutor de poesia (nos idiomas romeno,
italiano, francês e espanhol) e, dentre seus trabalhos, destacam-se as
traduções do poeta romeno Nichita Stănescu, divulgadas em 2013 pelo Instituto Cultural Romeno de Lisboa.
Serviço:
O que é: Lançamento de livros e
revista
Onde: Livraria Arte & Letra
Endereço:
Alameda Presidente Taunay, 130 – fundos da Casa de Pedra – Batel – Curitiba –
PR
Telefone:
(41) 3039-6895 - www.arteeletra.com.br
Imprensa: 41
8402 9633 / facebook.com/EditoraMedusa
Práxis, Gato mia e Epitáfio são os meus poemas favoritos (atualmente) d 'O homem itinerante'. O jogo de linguagem, presente neles, potencializa ainda mais a sensibilidade do poeta acerca do real...
ResponderExcluir