quarta-feira, 23 de abril de 2014

Mário de Sá-Carneiro (2)

DE REPENTE A MINHA VIDA

... De repente a minha vida
Sumiu-se pela valeta...
Melhor deixá-la esquecida
No fundo duma gaveta...

(Se eu apagasse as lanternas
Para que ninguém mais me visse,
E a minha vida fugisse
Com o rabinho entre as pernas?...)

Novembro, 1915.


(in Melhores poemas, seleção de Lucila Nogueira, São Paulo : Global, 2010)

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