“Quando for afrontado pela hora da morte,
Arrancado pela raiz da esperança da vida,
Do barro, meu abrigo, moldem uma jarra,
Enchendo-a com o vinho, ressuscitarei de novo.”
“Somos marionetas conduzidas pelo céu,
Não duvides da verdade desta estrofe.
Brincamos até nos permitir o céu,
Depois ficamos arrumados na caixinha”.
“Bebe vinho, somente ele dissipa aflições,
Deixando perturbada a alma do inimigo.
De que serve estar sóbrio? - A sobriedade é a fonte dos pensamentos vãos,
Tudo neste mundo passa sem deixar rastro”.
(rubā’iyat, trad. Halima Naimova)
Umar-i Khayyām, poeta e astrônomo persa (1.048 - 1.132, d.C.), autor de uma poesia fulgurante e ousada, cuja leitura influenciou, entre outros, Fernando Pessoa. “Rubā’iyat” é o plural (coletivo) de “ruba’i” (quadra, ou quarteto).
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