SER
Os que viveram são ideia, ou já o eram
no desfiladeiro
onde os sentimos?
Nesse percurso o peito
em escarpas se rasgava quando,
imagem duma
falta futura, os corpos víamos
Era pele esse mar que ofereciam à areia
em que morriam? Olhos dedos cabelos
sexo voz poderiam
ser e não ser,
pele do seu espírito
mortal de vivos? Como
a essência da ausência conhecer?
(in ESCARPAS, Lisboa: Assírio & Alvim, 2010)
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